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Mostrando postagens de setembro, 2020

Termina a revolução constitucionalista de São Paulo

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Vargas e general Gois Monteiro, a vitória legalista Depois de agitada reunião da cúpula dirigente da revolução constitucionalista, a qual o general Bertoldo Klinger foi representado por Lísias Rodrigues, o comandante militar rebelde, em 29 de setembro de 1932 , “transmitiu a Vargas o telegrama decisivo, omitindo a frase ‘de acordo com o governo paulista’ que o esboço original continha. ‘Com o fito de não causar à nação mais sacrifícios de vidas nem mais danos materiais,’ declarou, ‘o comando das Forças Constitucionalistas propõe imediata suspensão das hostilidades em todas as frentes, a fim de serem assentadas as medidas para a cessação da luta armada.’ Vargas, as 7.43 h, respondeu instruindo Klinger a enviar um emissário ao quartel-general de Góis Monteiro para tratar das providências necessárias para por fim à luta. Klinger então, por uma troca de telegramas, combinou com Góis Monteiro que o tenente-coronel Osvaldo Vila Bela, seu Chefe de Estado-Maior, partiria de automóvel naquela t...

Campo Grande recebe primeira visita do bispo de Cuiabá

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  Capela de Santo Antonio, primeira igreja de Campo Grande Na primeira visita da mais alta autoridade da igreja católica da província ao povoado, chega ao vilarejo chefiado por José Antônio Pereira, 28 de setembro de 1886, d. Carlos Luis D’Amour, bispo de Cuiabá, com jurisdição em todo o Estado. O registro é do cônego Bento Severiano da Luz, escriba da comitiva: Pelas 7:00 horas da manhã deixamos a Lagoinha e às 9 apeamo-nos em casa de José Tomaz da Cunha, no lugar chamado Lagoa, onde já se achava um grupo de cavaleiros da povoação de Campo Grande, deputados para encontrar nessa altura a S. Exa. Rvma. O sr. Cunha nos deu excelente almoçozinho e desvanecidamente cumpriu seu dever o que foi muito auxiliado pelas boas maneiras de sua gentil consorte a Exa. Sra. D. Josefa Benedita de Jesus. Nada vi ali que mereça atenção a não ser o local, que é aprazibilíssimo pela vista que oferece. À pequena distância passam dois arroios, o que dá nome ao sítio e o Imbirussu; ambos são tributários d...

Príncipe proibido de desembarcar em Corumbá

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Proibido de desembarcar em território brasileiro pelo governo republicano, em 27 de stembro de 1907, o príncipe d. Luiz d’Orleans, que se encontrava de volta da sua excursão a vários países sul-americanos, é cumprimentado por diversos patrícios de Corumbá, que se deslocaram ao país vizinho para esta finalidade. No dia seguinte, com permissão para transitar pelo porto de Corumbá, chegava D. Luiz ao ancoradouro da cidade, vindo na lancha boliviana Inca, de onde transbordou-se para o vapor Fernandes Braga que o devia conduzir a Assunção. A bordo deste navio fez-lhe as honras da recepção o cônsul português Gonçalo Cristovam e muitos brasileiros que lhe levaram saudações pessoais. Dom Luiz era neto de Dom Pedro II.    FONTE:    Estevão de Mendonça,  Datas Matogrossenses , (2ª edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 171. FOTO:   http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Luis_prince_imperial_1909_Brazil.JPG   CLIQUE AQUI PARA ENTRAR NA PRIMEIRA IPTV ...

Rondon comanda tropas legalistas contra revoltosos

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Na única vez em que assume funções de comando em conflito armado, o sertanista matogrossense general Candido Mariano da Silva Rondon é nomeado em 25 de setembro de 1924, para combater os revolucionários paulistas do general Isidoro Dias Lopes, refugiados no Paraná: A 25 apresentei-me ao Ministro de acordo com um novo recado trazido pelo seu oficial de gabinete. Fez-me então convite pessoal para comandar aquela expedição, dando-me carta branca sobre o meu modo de dirigir. É que, vencida a revolução de São Paulo, deixara Isidoro Dias Lopes aquele Estado, com as suas tropas, visando contornar as forças do governo para atingir o rio e, por outro lado, estender a revolução, conflagrando o país do Rio Grande do Sul ao Contestado. Aceitei a incumbência porque ao receber o recado, na véspera, refletira maduramente e ouvira minha esposa. Vencidos os rebeldes em maio do ano seguinte, a 12 de junho o general Rondon estingue o comando, “publicando o boletim final e a 15 chegava ao Rio, apresentand...

Espanhóis abandonam ataque ao forte Coimbra

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  Tentando tomar a fortificação portuguesa em constantes ataques desde o dia 16 de setembro, o governador espanhol do Paraguai, d. Lázaro de Ribera, ante a brava resistência de Ricardo Franco, apesar da superioridade numérica de suas forças, surpreendentemente desiste de sua missão em 24 de setembro de 1801: No dia 24, às 3 horas da tarde recomeçou o inimigo o bombardeio com a artilharia das três sumacas e manteve o fogo até às ave-marias. Como se colocaram longe do alcance dos canhões brasileiros, o forte não respondeu ao fogo. Pelas nove horas da noite, informa Ricardo Franco, o inimigo ‘tocou a retreta, com a sua música de oboé e zabumba’, e do forte responderam os defensores com ‘dois tambores, rebeca e flauta.’ A seguir as embarcações espanholas começaram a descer o rio, ante o olhar atônito da guarnição, que mal podia acreditar no que via: a poderosa frota, com força suficiente para esmagar a diminuta resistência, batia em retirada. Fato notável foi que em todo o tempo que du...

Nomeado o primeiro governador de Mato Grosso

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Criada em 9 de maio de 1748, dá-se a escolha pelo rei D. João V de Portugal, do primeiro mandatário da capitania de Mato Grosso recai sobre d. Antônio Rolim de Moura, conde de Azambuja,  em 22 de setembro de 1748, através da seguinte carta patente: Faço saber aos que esta minha carta patente virem, que tendo consideração às qualidades, merecimentos e serviços que concorrem na pessoa de D. Antônio Rolim de Moura e a que dará inteira satisfação a tudo o que for encarregado do meu serviço, conforme a confiança que dele faço: Hei por bem de o nomear como pela presente nomeio no cargo de governador e capitão general da capitania de Mato Grosso, por tempo de três anos e o mais enquanto lhe não mandar sucessor, com o qual haverá o soldo de doze mil cruzados cada ano pago na forma de minhas ordens, e com o mesmo cargo gozará de todas as honras, poderes, mando, jurisdição e alçada que tem e de que usam os governadores do Rio de Janeiro e do mais que por minhas ordens e instruções lhe for co...

Aniversário de Corumbá

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Por ordem do governador da capitania de Mato Grosso, Luiz de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, é fundada Albuquerque (hoje Corumbá) , à margem direita do rio Paraguai: Ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil setecentos e setenta e oito aos vinte e um dias do mês de setembro do dito ano nesta povoação de Albuquerque situada na margem ocidental do rio Paraguai em um assento de terra que decorre para o rio abaixo, e dista a mesma formalidade uma légua pouco mais ou menos aonde o sargento Mor comandante Marcelino Roiz Camponez em observância das ordens do Ilmo. e Exmo. Sr. Luiz de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, governador e capitão mór das capitanias de Mato Grosso e Cuiabá, tendo consigo o capitão mór das Conquistas João Leme do Prado e as pessoas abaixo nomeadas e assinadas e o dito sargento mór comandante tomou posse para a Coroa de Portugal mandando levantar uma cruz de pau de lei, limpar terreiro, fazer quartel e acender fogo, caçar nos matos vizinhos, pes...

Inaugurada a ponte ferroviária no rio Paraguai

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  2 Em sua primeira visita ao seu Estado natal, no cargo de presidente da República, o general Eurico Gaspar Dutra (filho de Cuiabá), inaugura em Corumbá, em 20 de setembro de 1947, a ponte ferroviária sobre o rio Paraguai e o alto forno da siderúrgica local. O Jornal (do Rio) acompanhou o presidente em sua viagem ao Sul de Mato Grosso. O ponto alto da agenda presidencial foi a entrega a do que o matutino carioca intitulou de "a maior ponte do continente": O chefe do governo, em ato a que estiveram presentes altas autoridades da República, inaugurou solenemente a ponte internacional "Presidente Eurico Gaspar Dutra", sobre o rio Paraguai. Revestiu-se de brilhantismo e imponência a significativa solenidade inaugural do grande empreendimento, que contou com a presença, além das autoridades, da população local, declarando pouco depois inaugurada a importante obra que deverá deverá desempenhar um grande papel no tráfego internacional do futuro, nesta região, com os traba...

Fundação de Diamantino

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Rua de Diamantino em foto de 1968 Em 18 de setembro de 1728, poucos anos depois da fundação de Cuiabá, começou a movimentação para formação do núcleo que deu origem ao atual município de Diamantino. Gabriel Antunes Maciel escreveu à Câmara de Cuiabá, dando notícias da descoberta do ouro.  Inicialmente, o local era denominado de Arraial do Ouro, nome dado ao córrego onde o metal havia sido encontrado. Posteriormente, o lugar passou a chamar-se Félix, certamente o nome de um garimpeiro pioneiro na região. Pouco tempo depois, os garimpeiros encontraram pedras diamantíferas, cuja extração era privativa da Coroa Portuguesa. Tal achado fez com que o governo fechasse todos os garimpos da região. Mas a mineração clandestina continuou. Foi criado o Destacamento Diamantino do Paraguai, para inibir o garimpo ilegal, o qual assegurou a fixação do povoado de Diamantino. No dia 9 de agosto de 1811, a Resolução Régia criou a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição do Alto Paraguai Diamantino. O no...

Guerra do Paraguai: força brasileira chega a Miranda

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Retirada da Laguna, quadro de Ruy Martins Ferreira Após vários meses no trajeto entre São Paulo e Coxim e daí para o sul da província, EM 17 DE SETEMBRO DE 1866, chega finalmente a Miranda, sob o comando do tenente-coronel Manoel Cabral de Menezes, a força expedicionária que deveria viver a dramática retirada da Laguna, da qual fazia parte o tenente Taunay, autor do seguinte relato: Com uma légua de marcha encontrou-se uma capelinha coberta de telha, que fora respeitada pelos paraguaios e outrora servia de núcleo para a aldeia Grande, ocupada pelos terenas, comandados pelo capitão Pedro da Silva Tavares. Mais adiante achavam-se os vestígios de pequenos aldeamentos, que todos concorriam para o abastecimento da vila de Miranda. A este ponto chegou-se a uma hora da tarde, acampando-se na praça principal depois de ocupadas pelas repartições anexas as ruínas das casas ainda de pé. A marcha foi de 3 ½ léguas. A vila apresentava-nos o mais assinalado padrão de ocupação paraguaia. O bonito qua...

O primeiro vôo doméstico: Cuiabá-Corumbá

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  São iniciadas, em 16 de setembro de 1930, viagens regulares uma vez por semana entre Cuiabá e Corumbá, pela empresa Condor, que utiliza hidro-aviões. Com efeito, a imprensa cuiabana dava detalhes do evento: Segundo noticiou nosso colega "O Democrata", estão assentadas entre o Governo do Estado e o representante da Condor Syndicat, as principais bases para o contrato que estabelecerá uma linha regular de navegação aérea, semanal, entre Corumbá e Cuiabá, servida pelo hidroavião "Iguassu" que conduzirá passageiros e malas postais em concordância não só com os trens noturnos da noroeste, como com o serviço aéreo que a referida Companhia pretende estabelecer de Corumbá a S. Paulo. A principal obrigação assumida pelo Estado é a de garantir sempre, em cada vôo, uma lotação de três passageiros, que pagará à empresa, se ela não os encontrar.  Embora pareça pesado ao Estado, na situação de aperturas em que vamos vivendo, o auxílio a que se compromete...

Deodoro deixa comando militar de Mato Grosso

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De volta de Corumbá, onde comandou o distrito militar da província de Mato Grosso, por cerca de 7 meses, chega ao Rio de Janeiro, em 15de setembro de 1889, o marechal Manuel Deodoro da Fonseca. Seu retorno tem discreto registro da imprensa carioca: Do sul, vindo das fronteiras de Mato Grosso, chegou o bravo general Manuel Deodoro da Fonseca, um dos militares mais estimados e prestigiosos do nosso exército e a quem o governo poderá confiar num momento dado às comissões mais arriscadas e penosas. Bravo e patriota, o general Deodoro está sempre na vanguarda dos seus companheiros nas ocasiões difíceis, e seu nome está inscrito junto ao do ilustre visconde de Pelotas, no livro glorioso da abolição dos escravos no Brasil, como um dos seus beneméritos. Os seus amigos e camaradas, em grande número, foram receber o ilustre general, felicitando-o pelo seu regresso à corte. Nós fazemos o mesmo".¹ Sobre sua breve permanência em Corumbá, o jornal Oásis, por ocasião de sua despedida, publicou a...

Deputado de Dourados morre em acidente aéreo

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Weimar Torres (primeiro à esquerda) com Pedro Pedrossian, durante governo itinerante em Dourados. (Foto do acervo de Sultan Rasslan) Aos 46 anos morre em Londrina, em 14 de setembro de 1979,  vítima de desastre do avião, o deputado federal Weimar Gonçalves Torres, fundador do jornal O Progresso, de Dourados. Era filho do advogado Dr. José dos Passos Rangel Torres, natural da Paraíba e de dona Dionísia Gonçalves Torres, natural de Ponta Porã. Fez os primeiros estudos no Grupo Escolar e no Colégio Salesiano de sua cidade natal. Bacharelou-se em Ciências e Letras no Ginásio Municipal “Dom Bosco”, em Campo Grande. Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, no ano de 1947, bacharelou-se em Ciências Jurídicas. Em maio de 1948, instala-se com a sua banca de advocacia, sendo ele o primeiro advogado de Dourados. A 29 de janeiro de 1951 casa-se Adiles do Amaral, filha do senhor Vlademir Muller do Amaral, agrimensor, pecuarista e comerciante e de dona Theodolina Ugolini do Amaral, ambos nascidos...

Criado o Território Federal de Ponta Porã

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Pelo decreto 5.812, de 13 de setembro de 1943, o presidente Getúlio Vargas faz a primeira divisão formal do Estado de Mato Grosso, criando os territórios de Guaporé, ao Norte e de Ponta Porã, ao Sul. O território de Ponta Porã, com capital nessa cidade, compreendia os municipios de Porto Murtinho, Bela Vista, Dourados, Miranda, Nioaque e Maracaju.   A 5 de janeiro de 1944 foi nomeado governador o coronel Ramiro Noronha, que a 28 chegou a Campanário, onde se achava em excursão o presidente da República, tomando posse do cargo a 31 do mesmo mês, em Ponta Porã. "Publicado o decreto n° 1, de 18 de setembro, ficou assim constituída a administração do Território: a) Governador; b) Secretário; c) Consultor jurídico; d) Serviço de segurança; e) Serviço de educação e cultura; g) Serviço de saneamento e saúde; h) Serviço de organização e fomento da produção; i) Serviço de engenharia e obras; j) Serviços de finanças e contabilidade; k) Serviço de geografia e estatística; l) Imprensa ofic...